quinta-feira, 5 de abril de 2012

O ambiente nao importa para a elite brasileira

O atual governo brasileiro tem-se portado, lamentavelmente, como o velho governo brasileiro.
Aposta no petroleo e nao na pesquisa de novas fontes limpas de energia.
Incentivo ao setor de autopecas, 'a vinda de fabricas de automoveis de todos os lugares do mundo (fabricas, em verdade, que montam grandes galpoes apenas para a montagem final dos automoveis, na verdade fabricados em suas proprias terras).
Critica aos ambientalistas, rotulados de alienados, semeadores de fantasias.
Nao bastasse a degradacao acentuada do meio ambiente, o desmatamento, a poluicao nas cidades, a ma' qualidade de vida, que prevalece sobretudo entre os mais pobres, mas democraticamente alcanca a todos (menos a classe media, que passa suas semanas e temporadas na Florida e acha que continua por la' o tempo inteiro...).
A ma' qualidade de rios, o desperdicio da agua, fator fundamental de vida.

Nada disso importa. O que importa ao Governo (federal, estaduais, municipais) e' incentivar o industrial predatorio (nacional ou estrangeiro), e' bajular o comerciante rico do momento, e' abrir mao de contribuicao ao erario publico, 'as custas da populacao que recolhe tributos, sem manifestar sua vontade.

A Carta Magna nao passou por aqui, as Revolucoes Inglesa, Americana, Francesa, por obvio, nao se deram aqui.

Continuamos o Pais dos estamentos, da escravidao, a "democracia senzaleira".

A Revolucao Verde tambem nao chegou e, se depender de nossos governantes, politicos e empresarios, de maioria de visao estreita, de pensamento vidrado nos proprios interesses mesquinhos, nao chegara'.

O Brasil ainda acha que tem o direito de se desenvolver (isto e', enricar ainda mais os donatarios), sem prestar contas 'a sua populacao, nem 'a humanidade.

Isto esta' custando caro a todos nos que, ainda bestializados, assistimos a todo tipo de medidas e manobras para nos afastar do caminho da felicidade.

"Tanto tempo o Brasil deixou de cuidar do meio ambiente, que, agora, tera' de cuidar do ambiente inteiro", e' uma velha brincadeira de Millor Fernandes.

O ambiente inteiro, para a "elite" brasileira, pode ficar para depois... O que havera' depois?



http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,pessoas-contrarias-a-hidreletricas-na-amazonia-vivem-fantasia-diz-dilma,857484,0.htm

http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+brasil,governo-planeja-pacote-para-setor-de-autopecas,108529,0.htm

4 comentários:

  1. A partir da pagina de Renato Janine Ribeiro, no Facebook, link para o artigo de Clovis Rossi, no EL PAIS:
    http://blogs.elpais.com/algo-mais-que-samba/2012/04/quando-a-mão-certa-é-a-contramão.html

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  2. Na mesma pagina do facebook, opiniao de José Roberto Bonifácio "Isenção de IPI para carros fabricados só com peças nacionais é beneficiar o oligopólio automotivo que fabrica e vende os piroes e mais caros carros do mundo. Ao invés de isentar a alíquota da importação provocando um choque de oferta e competição para ver se as quatro daqui melhoravam o preço e a qualidade, não, o governo estimula a situação que está."

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  3. Do mesmo José Roberto Bonifácio "o Brasil desde a Era FHC já sedia mais montadoras do que os EUA, por efeito dos custos de produção mais em conta e o potencial (hoje confirmado) de expansão do mercado consumidor (repercussão de demanda interna e Mercosul...). Agora quanto a criar subsidios fiscais para o lobby automotivo (o que não é a primeira vez na Era Petista...) somente temos a lamentar, dado que há mais setores economicos de grande absorção de mão de obra assim necessitados. Por outro lado não dispomos de mecanismos institucionais como as "Camaras Setoriais" do periodo Itamar-FHC para oferecer balizas e parametros acerca da alocação de beneficios das politicas e a não privatização destes mesmos resultados; verificamos que a ANFAVEA simplesmente foi lá, pressionou e o governo concedeu (nem irei mencionar o famoso CDES de Lula, sobre o qual nada sabemos há quase um ano...). Infelizmente, o "Governo dos Trabalhadores" tem significado nada mais do que o empoderamento dos mais organizados em sua "guerra" não declarada com os poucos ou não organizados. As consequencias distributivas a médio e longo prazo deste Estado "neodesenvolvimentista" em breve começarão a se fazer evidentes.
    Tais projeções à partir do diagnostico da experiencia conhecida com o "autarquismo" enquanto postura geopolica ainda deixam de fora os seguintes aspectos implicados por tais politicas para a sociedade brasileira a médio e longo prazos: (1) das externalidades negativas para o meio ambiente e o transito das grandes cidades, (2) o esvaziamento de demandas por meios de transportes coletivos junto às classes médias (notando que o predominio da opção de "saida" em detrimento da "voz" junto a um segmento emergente como a Classe C pode ser mortal a longo prazo...), (3) a reiteração da trajetoria de valorização dos modais rodoviarios ao inves do ferroviario (caracteristico de paises mais desenvolvidos), (4) a desatenção ou descaso relativamente a outros setores mais afetados pela "desindustrialização" como o de autopeças e outros componentes porem tao estrategicos quanto pelo prisma da agregação de valor na cadeia produtiva, (5) o fato das montadoras estarem se tornando "maquiladoras" a exemplo do que ocorreu com o México nos anos 80 e 90."

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  4. E de Alexandre Porto "Isenção de IPI para carros fabricados só com peças nacionais é beneficiar um setor nada oligopolizado que é nossa indústria de auto-peças. Um dos setores que mais geram empregos. O mundo está desovando seus estoques no Brasil e com um política monetária artificial tirando nossa competitividade e vcs querem que o governo fique passivo? Fora que o pacote vai muito, mas muito além do benefício à cadeia automotiva. A indústria sempre vai chorar e querer mais, mas existem outras variáveis. Querem que o Brasil resolva o problema da falta de demanda do mundo tirando renda e direitos trabalhistas? Vai adiantar alguma coisa?

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