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segunda-feira, 9 de abril de 2012
Declaração de voto.
Ano eleitoral.
Os candidatos da situação vão aparecer e dizer que fizeram tudo e mais um pouco (a tal ponto que, se verdade fosse, nada mais seria preciso fazer). Mas eles também dirão que farão ainda mais (a tal ponto que o próprio céu se mudaria para a terra, transmudada em paraíso).
Os candidatos de oposição vão, de sua feita, dizer que nada foi feito ou que tudo foi feito errado e que, se eleitos, farão tudo e mais um pouco.
Todos, por obvio, prestarão homenagem e culto 'a deusa economia, naquela velha toada do fazer a lição de casa, dizer que austeridade, disciplina são seus modos habituais.
O modelo, pois, sera' o mesmo.
Finalmente, teremos os candidatos saídos dos livros de folclore, que apelarão para a cultura perdida da população, aquela que anos de repressão e de manipulação da educação fizeram gerar.
Para evitar o gasto do tempo dos candidatos e militantes, vou declarar desde logo meu voto.
Acho importante que todos declarem seu voto. Não existe neutralidade e a declaração de voto ajuda justamente, pela verdade, a construir um espaço publico mais autentico. Quando um órgão de imprensa declara seu voto, deve ser elogiado, pois permite ao publico, 'as leitoras e aos leitores o controle, a fiscalização das opiniões, das noticias. Nos EEUU, isto já ocorre ha' bom tempo. O fato de começar por aqui e' um bom sinal de amadurecimento político.
Muito bem, neste ano, vou votar de novo no Barack Obama.
E não adiante dizer que ele fez isso e não fez aquilo, que os EEUU são isso e não são aquilo.
Os/as amigos/as mais esclarecidos podem dizer que ele e' ou não e' keynesiano, podem, enfim, critica-lo ou não o criticar.
Vou ouvir todo mundo, vou ler todo mundo, mas meu ponto de partida e' esse ai'.
Ah, claro, podem dizer também que a eleição sera' no Brasil, mas o meu voto esta' declarado.
No intimo, no fundo,acho que essa eleição e' a que importa.
E punto fermo.
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